Desde o dia 1º de janeiro de 2015, passou a vigorar no Brasil uma regulamentação diferenciada promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL. Essa mudança foi a implementação das bandeiras tarifárias na conta de energia dos brasileiros.

Na época, muitos estranharam a mudança e sentiram que essa seria uma cobrança injusta e injustificada, mas, na verdade, apesar de a alteração entre bandeiras não ser algo imediatamente benéfico aos consumidores, essa é uma medida que propicia um cenário de economia energética – reduzindo impactos causados pela queima do carvão mineral e das hidrelétricas – e, além disso, influencia as pessoas a buscarem soluções alternativas, mais baratas e mais limpas como a energia solar, cujo uso ainda concede um desconto no valor do IPTU.

Mas, afinal, quais são as diferenças entre as bandeiras na conta de energia, o que cada uma delas significa e qual a sua utilidade para o desenvolvimento de políticas de sustentabilidade?

É sobre isso que iremos falar nesse artigo.

  • Bandeira verde

A bandeira verde irá aparecer na sua conta de luz quando as condições para geração de energia forem favoráveis, ou seja, durante a temporada de chuvas em que os rios e reservatórios que fazem as turbinas girarem para produzir a energia elétrica estiverem cheios, mantendo-as em pleno funcionamento. Nesse caso, o custo de geração de cada MegaQuilowatt-hora deve permanecer inferior a R$211,28.

Esse cenário se caracteriza por uma oferta compatível com a demanda, o que resulta em uma tarifa sem acréscimos na conta de luz.

  • Bandeira amarela

A bandeira amarela, por sua vez, irá aparecer na sua conta de energia quando as condições para geração de energia forem menos favoráveis, ou seja, um período em que o regime de chuvas é mais instável, o que faz com que o custo de produção de cada MegaQuilowatt se mantenha entre R$211,28 e R$422,56.

Quando a bandeira amarela é acionada, você passa a pagar cerca de 1 real a mais a cada 100 quilowatts-hora utilizado, sendo que esse valor pode sofrer alteração dependendo do investimento feito pelo governo em termoelétricas no mês.

  • Bandeira vermelha

Por fim, a bandeira vermelha se divide em dois patamares, sendo que o primeiro irá aparecer na sua conta de luz quando as condições de geração de energia se encontrarem ainda mais custosas, ou seja, entre R$422,56/MWh e R$610/MWh.

Nesse estado, a tarifa adicional sobe para R$3 a cada 100 quilowatts-hora.

Já no segundo patamar, as condições de geração de energia atingem níveis emergenciais, situação característica de um estado de pré-escassez hídrica. Assim, o custo de produção de 100 Quilowatts-hora se torna superior a R$610.

O valor adicional causado por essa bandeira é de R$5 a cada 100 Quilowatts-hora utilizado.

O que significa bandeira preta na conta de luz?

A bandeira preta na conta de luz é um indicativo de escassez de água que somente é utilizado em casos graves de seca e crise hídrica. Nesse cenário especial, os consumidores pagam uma tarifa adicional de R$14,20 por 100 Quilowatts-hora.

Casos como esse foram observados durante a crise hídrica de 2018 e 2021, mas felizmente, para os consumidores, são bastante raros.

Mas uma boa notícia é que a variação de bandeira na conta de luz pode ser evitada e administrada pelo próprio consumidor, dependendo da matriz energética utilizada.

Ou seja, se o seu objetivo é não se preocupar mais com a mudança da bandeira ou com contas de energia no geral, você deveria seriamente considerar a energia solar como uma opção na sua residência ou comércio.

Com os painéis fotovoltaicos, os seus gastos são sempre os mesmos e essa sombra de insegurança deixa de fazer parte da sua vida. E o melhor é que, fazendo isso, você também ajuda o meio-ambiente e as gerações futuras.

Leia mais: Quem tem energia solar paga conta de luz?

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